PACIÊNCIA TEM LIMITE
“E orou ao Senhor e disse: Ah!
Senhor! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me
adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e
misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te
arrependes do mal.” Jonas 4:2
Quanto
tempo dura sua paciência? A minha nem sempre dura um tempo suficientemente bom.
Sou sanguíneo, e tenho lutado contra meu temperamento a muitos anos. Ao longo
dos anos decisões importantes foram tomadas para que eu pudesse aprender a
subjugar meus sentimentos.
O
problema dos sanguíneos, ou melhor, o meu problema, é que sinto uma imensa
dificuldade em perdoar aqueles que erram comigo. Por lutar contra minha
tendência a perder rapidamente a paciência, penso que todos devem contribuir
para que eu possa continuar num estado de paz e calmaria. Por isso que quando
alguém consegue me tirar do sério, tenho um grande problema em conseguir manter
os nervos sobre controle. Mas que fique claro, esse sou eu, e não Deus.
Jonas
tinha uma grande missão pela frente. E como todo grande projeto, pesava sobre
ele uma grande responsabilidade. Nínive era conhecida pela violência de seus moradores, assim como também pela maldade dos mesmos. Pregar sobre a
destruição dessa cidade, dentro dos portões dela, era um grande risco para
qualquer pessoa. Nínive era a capital do império assírio, um império pagão.
Jonas
porém, não temia de todo pregar em Nínive, apenas por causa de sua declarada
maldade e violência. Era outro temor além desse que fez com que Jonas tentasse
insanamente fugir da presença de Deus. Acima da própria violência e maldade
Jonas temia por sua reputação. Conhecendo o Deus que o havia chamado para o ministério,
e comissionado para essa missão, Jonas temia ser considerado um falso profeta,
porque sabia ele que a bondade de Deus e Sua misericórdia seriam capazes de
suspender o juízo iminente sobre aquela cidade. E foi exatamente isso o que
aconteceu.
Hoje,
vivemos um período na história de nosso planeta, em que muito se assemelha ao
período vivido por Jonas e os ninivitas. O mundo está em guerra em busca pela
paz. Paz e segurança que não encontramos nem mesmo dentro de nossas casas. Ao
escrever essa meditação, me vem a mente um fato recente acontecido na cidade
pernambucana de Garanhuns, onde três pessoas, mataram, esquartejaram e comeram
a carne de suas vítimas. Além disso, ainda foram capazes de usar os restos
mortais para rechearem salgados que eram vendidos na cidade. Por isso pergunto
até quando tudo isso vai continuar?
Embora
seja Deus um Deus de paciência, amor, misericórdia e benignidade, perto está o
dia em que levantará também a bandeira de sua justiça e enviará os juízos a um
mundo e seus moradores que diferente de Nínive, tendo ouvido a mensagem de
arrependimento, continuaram na prática de seus atos.
“Catástrofes
por mar e por terra seguem-se umas às outras em rápida sucessão...
Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da
natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do
homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os
instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que
sintam o perigo.”1
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